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Luciana, Saramago e Mécia em 1998, no Colóquio de Lisboa sobre JS.

Jorge de Sena e a cor da liberdade

A grande filóloga e lusitanista Luciana Stegagno Picchio não poucas vezes debruçou-se sobre a obra do seu amigo Jorge de Sena, legando-nos excelentes páginas de análise e interpretação que lhe enriquecem a fortuna crítica. Dentre elas, abaixo listadas, elegemos o último texto que lhe dedicou, originalmente formulado para o colóquio do Rio de Janeiro, de agosto de 1998, ao qual não pode comparecer, mas publicado no volume que recolhe os estudos aí apresentados. Neste curto texto, apenas um "esqueleto", como diz, retoma um tópico muito caro a Sena e não menos caro à própria ensaísta — a liberdade.


1. Sugeriu o título e o tema desta comunicação [1] a vaga de revisionismo que alastra em toda a parte, num mundo como o nosso, saído da guerra fria, dos anos de chumbo, da Cortina de ferro, do Muro de Berlim, do medo do comunismo, do horror das câmaras a gaz dos nazistas, do Holocausto, da queda do Muro, da guerra fratricida da Jugoslávia, da hecatombe da Praça Tienanmen. Vimos a viagem de Clinton à China, sob o signo contraditório de preocupações económicas e democráticas, entre o desejo de preconstituir um futuro para as novas gerações de americanos e o pudor de salvar a cara num mundo que assiste ao surgir, persistir e afirmar-se de outros extremismos e dicotomias entre as quais baste lembrar o pan-eslamismo e a mútua luta de Judeus e Palestinos. Tudo isto, enfim, visto do observatório de uma Itália sempre fortemente politicizada, nunca neutral, sempre dividida ideologicamente e politicamente no próprio âmbito da família. Na Itália, porque é deste ponto de vista que eu falo, apesar das minhas constantes frequentações de outros países, primeiros entre os quais Portugal e o Brasil, não é mais o choque das gerações a tornar ainda válidas, ou bem destituídas de qualquer sentido, as velhas oposições da nossa geração: fascismo e antifascismo, por exemplo. Os nossos jovens não viveram o fascismo, italiano, espanhol, português, argentino, chileno, brasileiro. E é difícil para a gente da minha geração explicar aos netos o que era para nós o fascismo e o antifascismo. Descobrimos agora que ser antifascistas para rapazes como nós correspondia a um confuso ser contra tudo o que nos parecesse ser contra a da liberdade, de forma que o próprio comunismo era às vezes classificado como fascismo na acepção muito especial que dávamos à palavra: uma acepção não mais política, mas ideológica e existencial. Nos últimos dias de Junho, primeiros de Julho de 1998, os jornais italianos, mas também os espanhóis, registaram uma polémica entre uma direita italiana representada por um grande jornalista conservador como Indro Montanelli e um comentador político como o ex-Embaixador Sergio Romano e uma esquerda nascida nas trincheiras do antifascismo e representada por intelectuais discípulos de um filósofo como Norberto Bobbio, na linha de escritores como Pasolini e Sciascia. Falando, num artigo do Corriere della Sera, do Portugal de Salazar, Montanelli se tinha produzido num elogio extemporâneo do ditador português, por ele conhecido em Portugal por intermédio de Humberto de Sabóia, o rei exilado de Cascais: «Um bom padre», talvez «um pouco severo», «mas nunca vil ou malvado» que «nunca se debruçou de qualquer janela» (e a referência era às manifestações de praça de Mussolini, Hitler ou Franco), que «nunca construiu campos de concentração», mas «só queria manter o seu povo afastado do consumismo e da modernidade vulgar» contra os poucos opositores «que a oposição a faziam nos cafés». Estas declarações surgiam num momento em que a direita se batia na Itália para uma amnistia geral, em que a própria esquerda ficava afásica por oportunismo e medo de piorar a situação, nau obstante algumas apressadas precisações dos tais intelectuais no sentido de que o próprio Salazar tinha construído, sim, campos de concentração, por exemplo o Tarrafal, na Ilha Santiago de Cabo Verde, onde passaria 11 anos um escritor como Luandino Vieira. E houve, por exemplo, um jornalista, Curzio Maltese, que começou o seu artigo de protesto com as palavras: «A Itália é terra de miragens. Há quem veja Nossa Senhora, conseguindo imediatamente vendê-la, e quem não viu o fascismo. A última moda cultural é a nova, rápida escritura da história» [2]. Só na Itália? perguntaram na altura espanhóis e portugueses.

2. Mas não era este o ponto. Dentro da fenomenologia geral dos fascismos, cada fascismo tinha sido diferente nos vários países. E os italianos ignorantes das coisas portuguesas nunca puderam captar a atmosfera imóvel, como de algodão com clorofórmio, que nos rodeava quando, jovens lusitanistas, chegávamos pela primeira vez a Portugal durante o salazarismo. Eu e alguns dos meus amigos, decididos a nos ocupar pela vida fora de coisas relacionadas com a língua e a cultura portuguesas, fomos anti-fascistas em Portugal porque, por razões anagráficas, não tínhamos tido o tempo de sê-lo na Itália. Quanto a mim, perante a provocação revisionista de 1998, pensei que, para derrubar o muro de esquecimento e não dizer obviedades ou inexactidões seria necessário não já continuar a discutir entre nós, com categorias italianas, sobre o que teria sido a situação portuguesa, mas passar a palavra aos portugueses. Foi assim que eu comecei a discutir com os meus compatriotas usando as palavras de Jorge de Sena. E é este o testemunho que hoje eu vos trago aqui para homenagear no Rio o nosso grande amigo e escritor português.

Lembrava-me de um poema já antigo dele, anterior ao seu exílio. O poema tinha a data de 9 de Dezembro de 1956, quando o poeta acabava de fazer 37 anos, vivia ainda em Lisboa como engenheiro e se preparava, a convite do British Council, a se deslocar temporaneamente à Inglaterra, para um estágio sobre betão armado. Dizia o poema, intitulado elipticamente «Quem a tem»:

Não hei de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quasi um crime viver.
Mas embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade [3].

Escrito por Jorge de Sena três anos antes da decisão, tomada em agosto de 1959, no Colóquio da Bahia, de se exilar voluntariamente, este poema era quase uma cantiga popular. Tinha a forma métrica ibérica da redondilha de mote e glosa; mas os versos ecoavam, ironicamente talvez, versos infantis de Fernando Pessoa [4]. Pareceu-me, portanto, que eles deitassem uma luz esclarecedora tanto sobre os poemas mais antigos como sobre os mais recentes do poeta e que a partir de aí se podesse reler todo Jorge de Sena seguindo a isotopia da procura da liberdade, daquela cor da liberdade que, vinda alfim, não deixaria de o magoar e o decepcionar, embora entre inevitáveis alegrias. Porque o interessante do poema não era o falar- se genericamente de liberdade, daquela liberdade que daí a pouco Sena iria procurar para outras terras, no Brasil, nos Estados Unidos, mas perguntar-se qual teria sido ser livre aí, isto é em Portugal.

3. Os primeiros poemas, agora contidos em Poesia I [5], e relativos aos anos até 1960 (Perseguição, 1942; Coroa da Terra, 1946; Pedra Filosofal, 1950; As Evidências, 1955; a que na 3.a ed., póstuma, de 1983, Mécia de Sena acrescentaria o inédito Post-Scriptum de 1960) [6], relidos hoje na sua pureza e inefabilidade, poemas marcados, disseram, pelo intelectualismo e o hermetismo, participam da capa de chumbo daqueles anos. Mais de que a censura, sente-se neles a auto-censura. Não só por as citações de Marx não levarem o nome da autoria, mas é por a escolha dos temas acontecer sempre na esfera do existencial e do privado, em vez de que na do social e do público. E isto apesar de o prefácio da primeira edição já ter sido escrito em Assis, em 1960 (o segundo, de 1977, será de Santa Barbara).

O ódio-amor à pátria manifesta-se na apóstrofe antistrófica a uma «minha terra» anterior a todos os Gonçalves Dias ufanistas, que por enquanto Sena conhecia dos livros, mas de que visitaria a terra só depois, nos anos do Brasil:

Na minha terra, não há terra, há ruas;
mesmo as colinas são de prédios altos
com renda muito mais alta.

Na minha terra, não há árvores nem flores.
As flores, tão escassas, dos jardins mudam ao mês,
e a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.

O cântico das aves – não há cânticos,
mas só canários de 3.° andar e papagaios de 5.°
E a música do vento é frio nos pardieiros.
Na minha terra, porém, não há pardieiros,
que são todos na Pérsia ou na China,
ou em países inefáveis [7].

A minha terra não é inefável.
Ávida da minha terra é que é inefável.
Inefável é o que não pode ser dito.

E é naquele «inefável é o que não pode ser dito» que o tema recorrente da falta de liberdade intervém mesmo aqui, como prefiguração da mudança e da fuga. O poeta já não suporta a mentira e a vergonha de viver mentindo. O seu é um Portugal «amordaçado», como dirá daí a pouco, num belo livro de revolta, um político como Mário Soares [8]:

Desta vergonha de existir ouvindo,
amordaçado, as vãs palavras belas,

desta vergonha de viver mentindo [9].

4. Jorge de Sena exilia-se, como dissemos, em Agosto de 1959. Vai ao Brasil e depois aos Estados Unidos. Mas, mesmo no estrangeiro, tendo colocado a sua residência e construído o seu novo lar bem longe da pátria ingrata, não deixa de olhar cotidianamente para Portugal, a ver se e como se lhes vão mudando as cores. Não consegue destacar-se, estrangeirar-se, pensar num futuro seu, independente do da pátria. E esta é sempre doridamente «o país dos sacanas». Mas:

Que adianta dizer-se que é um país de sacanas?
Todos o são, mesmo os melhores, às suas horas,
e todos estão contentes de se saberem sacanas [10].

O poeta sente que está a envelhecer, e tem medo de envelhecer, de morrer mesmo, sem conhecer a cor da liberdade na sua terra, para a sua terra:

Cabelos vão no pente e no dentista os dentes
como eles um a um se vão sumindo todos…

O poema é de 2 de Fevereiro de 1974 e Jorge de Sena tem 55 anos. De repente, em 25 de Abril, o anúncio: Portugal está livre. Da sua Santa Barbara do exílio, o poeta explode numa confessão libertadora:

Nunca pensei viver para ver isto:
a liberdade – (e as promessas de liberdade)
restauradas. Não, na verdade, eu não pensava
– no negro desespero sem esperança viva –
que isto acontecesse realmente. Aconteceu [11].

Surgem porém imediatos o pensamento e a interrogação do «depois». E surgem com o interrogativo existencial e brasileiro que Carlos Drummond de Andrade tinha expresso no seu «E agora José?» e que anos depois José Cardoso Pires vai tomar como insígnia do seu livro [12].

E agora José? E agora, meu general? E agora povo português? Nos dia seguintes, de 26 a 28 de Abril, ressurge ainda sem véus a alegria do primeiro momento. E a «Cantiga de Abril» retoma o cantável daquela antiga, primeira interrogação de 1956. Só que agora o interrogativo tem uma resposta:

Qual a cor da liberdade?
E verde, verde e vermelha.

Quase, quase cinquenta anos
reinaram neste país,
c conta de tantos danos,
de tantos crimes e enganos,
chegava até à raiz.


5. O poeta longínquo continua a dizer «neste país» porque a ele pertence e ali se situa no momento do júbilo colectivo. Mas bastam poucos dias para que o tom mude. «É belo e é magnífico/o entusiasmo e é sinal esplêndido de estar viva uma nação inteira / Mas a vida não é só correria e gritos de entusiasmo… / De todo o coração, gritemos o nosso júbilo, aclamemos gratos / os que o fizeram possível. Mas, com toda a inteligência/ que se deve exigir do amadurecimento doloso – desta liberdade/tão longamente esperada e desejada, trabalhemos cautelosamente / politicamente, para conduzir a porto de salvamento esta pátria / por entre a floresta de armas e de interesses medonhos/que, de todos os cantos do mundo, nos espreitam e a ela» [13].

O tom prosástico, gnómico, para o poeta civil, tomou o lugar do canto a desgarrada da «Cantiga de Abril». E o nome da Liberdade já não pode ser pronunciado e invocado sozinho mas só associado, corrigido, temperado por nomes de outros valores imprescindíveis: o de Justiça por exemplo.

Todos agora, exército e povo, os militares e os políticos,
e quantos nunca pensaram que a política é coisa

de todos os dias ter de aprender-se a ver,
a falar e a ouvir…

Todos têm de aprender que a liberdade não existe
apenas porque é dada, pois pode ser tirada,
ou apenas porque é conquistada, pois pode ser

licença em que não reste senão ela perder-se.
Tem de aprender que não pode ter-se num só dia

o que se perdeu em décadas. E que a Justiça
é a Liberdade que pensa mais nos outros que em si mesmos [14].

Este Jorge de Sena de fins de Maio de 1974 já não é só o português que não queria morrer sem saber qual seria a cor da liberdade no seu país, mas é o cidadão do mundo que fala uma língua universal a ser escutada por todos. Por isso, em Julho de 1998, eu julguei que a sua voz poderia ser escutada também além fronteiras, pelos italianos por exemplo, os quais viveram os anos do fascismo antes dos portugueses e só acabaram com eles no fim de uma guerra sangrenta. Pareceu-me exemplar a parábola de um Jorge de Sena que assiste de Santa Barbara, com a paixão do cidadão, mas também com o alheamento de quem está fora, ao ressurgir das antigas manhas de Portugal debaixo da nova pele. E é então que ele apaixonadamente, em Maio, avisa:

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam [15]

E em Junho:

Quem te amar, ó liberdade,
tem de amar com paciência.

O metro breve da redondilha, com o seu cantável popular, vai porém abruptamente ser substituído pelo «grito do silêncio», nascido em Santa Barbara a 19 de Outubro de 1975, «aniversário de um dia sangrento da história portuguesa». Quando o poeta exilado, em lugar do confuso vozear de um Portugal liberto, recebe as secas notícias de uma possível Contra-Revolução, a sua musa parece calar-se:

Como te calas, poesia, longamente
deixando-me em silêncio dentro em ti…
Tu calas-te de angústia. Aquele país
em que nasceste, e sempre tu quiseste
como teu mundo, ainda que no mundo
sempre hás pensado mais que em mundo teu,
se despedaça…
Mas como hás de cantar (cantaste outrora)
de uma revolta agora a desfazer-se
em lutas suicidas que condenas? [16]

Nem oito meses tinham passado desde aquele ominoso 25 de Abril e o poeta sente-o como pertencente a outra época, já tão remota («cantaste outrora»). Outros meses e anos vão passar. E a situação vai mudar. Mas infelizmente, como um Moisés que não entrou na terra prometida, o poeta não conseguiu ver o Portugal de hoje, tão diferente do que ele deixou. Sempre, porém até que viveu, ele fez questão de se encontrar do lado da esperança e do futuro:

Não, não, não subscrevo, não assino
que a pouco e pouco tudo volte ao de antes… [17]

5. Jorge de Sena foi essencialmente um poeta, um grande poeta. Foi um admirável contista e romancista. E foi um crítico, um grande crítico. Muitas vezes nos recolhemos aqui no Brasil, em Portugal, na América, na França e na Itália, para saborear, comentar, glosar, a sua alta poesia, a sua prosa torrencial, a sua sempre acertada obra crítica. Espero que os amigos me perdoem se, num momento especial dos nossos países, do meu país, eu fiz soar aqui a voz do Jorge de Sena patriota e exilado, do Jorge de Sena que quando foi preciso soube pedir aos seus versos:

E tu, canção – mensagem, vai e diz
o que disseste a quem quiser ouvir-te.
E se os puristas da poesia te acusarem
de ser discursiva e não galante
em graças de invenção e de linguagem,
manda-os àquela parte. Não é tempo
para tratar de poéticas agora [18].

 

Notas:

1. Este, que aqui se publica, é, apenas o esqueleto do ensaio que eu tencionava apresentar no Rio em Agosto de 1998, no Colóquio «Rotas entrecruzadas de Jorge de Sena e outros escritores num Brasil recente». Infelizmente, no último momento, não pude deslocar-me, como desejava, ao Rio. A comunicação que eu ia preparando ficou em suspenso e sobre ela passaram meses. Agora os amigos pedem-me o texto para publicação. E eu, voltando a estas páginas depois de tanto tempo, vejo que há notações, especialmente as iniciais, marcadas pelas contingências. Mas seria um falso mudá-las agora. Por outro lado, naquele momento, eu teria escrito naturalmente mais coisas sobre o tema. Não posso recuperar, em Janeiro de 1999, a inspiração daquele Agosto longínquo, tanto mais que, depois disto, houve em Lisboa, no mês de Outubro de 1998, outro congresso dedicado a Jorge de Sena de que eu participei e em que disse algumas das coisas que teria dito no Brasil. Fiquem estes apontamentos como testemunho da minha antiga amizade e comunhão de ideais para com o homem Jorge de Sena, além da admiração que eu sempre tive em relação à sua obra poética e crítica.
2. Curzio Maltese, «II Vizio italiano del revisionismo», in La repubblica, 29 de Junho de 1998, p. 9.
3. In Obras de Jorge de Sena, Poesia II, Edições 70, Lisboa, 1988, p.42.
4. Sena: «desta terra em que nasci», Pessoa: «O terras de Portugal, terras em que nasci».
5. Jorge de Sena, Poesia I, Lisboa, 1960, 2a. ed. 1977,3a. ed. Lisboa, Edições 70,1983.
6. A poesia dita «juvenil», até 1941, foi publicada por Mécia de Sena em Post-scriptum II, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2 vols., 1985.
7. Poesia I, ed. 70, cit., p. 131. A data do poema é 3 de Maio de 1947.
8. Mário Soares, Portugal baillonné, Calmann-Lévy, 1972.
9. Poesia I, p. 183.
10. 40 anos de servidão, Lisboa, Edições 70,1989.
11. Ibid., p. 159.
12. José Cardoso Pires, E agora, José?, Lisboa, 1977.
13. 40 anos de servidão, p. 162. A data do poema é 2 de Maio de 1974. Sempre de Santa Barbara.
14. Ibid., p. 163.
15. Ibid., p. 165.
16. Ibid., pp. 168-69.
17. Ibid., p. 171.
18. Ibid., p. 175.

 

De Luciana Stegagno Picchio, sobre Jorge de Sena:

Ensaios:

1. "A l'occasion de la fête nationale" (poem and letter), in Studies on JdeS by his Collegues and Friends, Santa Barbara, Bandanna Books, 1981, pp. 268-269.
2. "Poesia e tradição: Variações sobre uma cantiga de amigo de JdeS", in Estudos sobre JdeS, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1984, pp. 221-238.
3. Colóquio com JdeS, "Note sul surrealismo in Portogallo", in Quaderni Portoghesi, 3 [Surrealismo in Portogallo], 1978, pp. 17-39.
4. "Au nom du diable". Posfácio a JdeS, Le physicien prodigieux, Paris, A. M. Métailié, 1985, pp. 119-124.
5. "Esercizi su di una vita: i Flashes di Mécia de Sena", in Quaderni Portoghesi, 13-14 [JdeS], Pisa, Giardini, 1983, pp. 401-403.
6. "Nove storie quasi vere", Pref. a JdeS, La Gran Canaria e altri racconti, Roma, Editori Riuniti, 1988, pp. V-X.,
7. "Notas em margem aos Grãos Capitães", in Letras EtLetras, 1/1/1988, p. 12.
8. "Ainda o Físico Prodigioso de JdeS", in Sentido que a vida faz. Estudos para Óscar Lopes, Porto, Campo das Letras, 1997, pp. 347-350.
9. "JdeS e a cor da liberdade", in JdeS em rotas entrecruzadas, Lisboa, Edições Cosmos, 1999, pp. 209-216. cf 45.

Entrevistas:

1. "Tre domande su S. e il Brasile ad Antonio Candido", in Quaderni Portoghesi, 13-14 [JdeS], 1983, pp. 363-373.
2. "Tre domande sul tradurre J. de S. a Jean R. Longland", in id., pp. 375-378.
3. "Tre domande su JdeS professore ad Anne Terlinden Villepin", in id., pp. 375-378.

Poesia:

À memória de JdeS é dedicado o volume de poemas de L.S.P. La terra dei lotofagi, Milano, All'insegna del pesce d'oro, 1993.

Resenhas:

"JdeS 'mostro della natura"', in Libri-Paesa Sera, sobre JdeS, Esorcismi, Milano, Accademia, 1975.

Traduções:

1. JdeS, "Racconto brevissimo", in II Cavallo di Troia, 2, Milano, 1982, pp. 5-7.
2. JdeS, II medico prodigioso, Milano, Feltrinelli, 1987, pp. 234. Com prefácio.